Porto Alegre, sexta-feira, 29 de março de 2024

   

Deputado Raul Carrion - PCdoB-RS

1º/12/2010

Carrion participa do Seminário Internacional Mudanças Climáticas em Brasília

O deputado Raul Carrion(PCdoB) participou do Seminário Internacionas sobre Mudanças Climáticas, realizado no mês de novembro, em Brasília/DF.

O evento, preparatório à Conferência Mundial da ONU, foi promovido pela Fundação Maurício Grabois com apoio da Petrobras e da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Os participantes presenciaram ainda,  a posse da primeira direção do Instituto Nacional de Pesquisa e Defesa do Meio Ambiente (INMA) feita durante o encerramento do seminário.

A nova entidade, presidida pelo ex-deputado federal Aldo Arantes, tem no seu conselho nomes ilustres como o secretario executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas (FBMC), Luiz Pinguelli Rosa, o presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) do Ministério da Ciência e Tecnologia, Luis Fernandes, do diretor de Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, o embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, e do pesquisador do Conselho Latino-americano de Ciências Sociais, Carlos Walter Porto-Gonçalves.

O INMA tem como principal objetivo dar uma dimensão diferente na luta em defesa do meio ambiente, procurando combiná-la com o desenvolvimento, a defesa dos direitos sociais e a soberania nacional.

Seminário
Durante os dois dias do seminário foi debatida a questão da mudança climática sobre a ótica científica, sua dimensão política e social. Participaram do evento o professor Jiang Tong, do Centro Nacional do Clima da China, e Bilal Haq, diretor de Programas Marinhos da Nationnal Science Fondation dos EUA. Eles foram conferencistas da mesa “Fundamentos Científicos das Mudanças Climátivas”.

Da comunidade científica brasileira estavam presentes diversas autoridades no assunto, entre os quais Carlos Nobre, este último coordenador da Rede Brasileira de Pesquisa das Mudanças Climáticas.

No momento divergente, o professor Luiz Carlos Molion, da comissão de climatologia da organização meteorológica mundial, destacou que as variações climáticas são naturais e que o CO² não controla o clima global. Entretanto, a posição hegemônica é que de fato o aquecimento global é uma realidade e que precisa ser enfrentado para o bem da humanidade. O presidente do Finep, Luis Fernandes, afirmou que existem conexões históricas entre a revolução industrial e a questão ambiental. Carlos Nobre explicou que nos últimos 150 anos o planeta aqueceu 0,2º por década, 50 vezes mais rápido do que no período interglacial.

Copenhague
Outra questão central nos debates é que o fracasso da cúpula de Copenhague, em dezembro de 2009, deve-se a intransigência dos países desenvolvidos em rejeitarem o Protocolo de Kyoto, que estabelece a eles metas de redução da emissão de gases poluentes e aos países em desenvolvimento medidas voluntárias.

Os participantes, porém, estão céticos quanto a um possível avanço na Conferência Mundial da ONU sobre Mudanças Climáticas, em Cancun, no México. A perspectiva de avanço ficará para a realização da RIO + 20 que acontece em 2012.

O embaixador de Cuba no Brasil, Carlos Zamora, lamentou a falta de acordo em Copenhague por causa da imposição dos países mais desenvolvido e defendeu para as próximas negociações o princípio da responsabilidade compartilhada, “guardando as diferenças de acordo com o grau de desenvolvimento das Nações”.

O evento ainda contou com a presença do ministro chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Samuel Pinheiro Guimarães, representantes dos ministérios do Meio Ambiente, Instituo Chico Mendes, da ANP, CTB, CUT, UNE e MST e outros.

Com informações vermelho.org.br