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Deputado Raul Carrion - PCdoB-RS

29/09/2010
Reunião debate denúncia de agressão, perseguição e tortura contra moradores do Quilombo do Silva
A Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da ALRS realizou na manhã desta quarta-feira (29) reunião com a procuradora federal-chefe na Fundação Cultural Palmares, Dora Lucia de Lima Bertulio, para tratar de denúncias de agressão, perseguição e tortura contra os moradores do Quilombo da Família Silva, em Porto Alegre.
 

Foto: Marcos Eifler/Ag.AL

O deputado Raul Carrion (PCdoB), coordenador da Frente Parlamentar por Reparações, Direitos Humanos e Cidadania Quilombola no RS, afirmou que é necessário punir exemplarmente os agentes de segurança que, de acordo com ele, têm tido um comportamento desumano, racista e vergonhoso com relação às comunidades quilombolas. "Isto não se trata de atos individuais; são atitudes que começam a imperar em setores das nossas forças de segurança, sem generalizar, e são gerados por uma visão que prepondera no atual governo, que criminaliza os movimentos sociais e que considera os pobres e os  negros perigosos até prova em contrário", sustentou Carrion.

A procuradora federal-chefe na Fundação Cultural Palmares, Dora Lucia de Lima Bertulio, destacou que o racismo está institucionalizado no País. "Não é possível que as pessoas sejam violentadas por algo que é parte de sua própria natureza", argumentou. Dora disse que a Procuradoria, juntamente com outras instâncias do Judiciário, irá estudar a instauração de uma ação judicial contra o Estado do Rio Grande do Sul por abusos cometidos pela Brigada Militar contra membros da comunidade do Quilombo Silva.

Participaram da reunião representantes da Procuradoria Federal da 4ª Região, Ministério Público Federal, Ministério Público do Rio Grande do Sul, Comitê Estadual Contra a Tortura, Associação do Quilombo Silva, Instituto de Pesquisa e Assessoria em Direitos Humanos (Akkani), Instituto de Assessoria às Comunidades Remanescentes de Quilombos (Iacoreq), Departamento de Proteção do Patrimônio Afrobrasileiro, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e Codene.

Fonte: Agência ALRS