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Deputado Raul Carrion - PCdoB-RS

03/05/2010
Carrion comemora o Dia do Trabalhador
O deputado Raul Carrion(PCdoB)participou das atividades em comemoração ao 1º de maio, Dia do Trabalhador, em Alvorada.
 

Carrion comemora com a população

Na ocasião, Carrion participou da inauguração do Marco do Trabalhador, uma placa que homenageia os trabalhadores, localizada na praça Leonel de Moura Brizola e da entrega dos troféus e medalhas aos vencedores do torneio de futebol realizado pela liga municipal de esportes. Segundo o secretário de esporte e juventude de Alvorada, Nelson Flores, as atividades esportivas intensificam as comemorações no município.

Em abril de 2009 o plenário da Assembleia Legislativa aprovou com 49 votos favoráveis e nenhum contrário, o PR 11/2008, de autoria do deputado Raul Carrion (PCdoB), que altera na redação da lei do 1º de maio a denominação Dia do Trabalho para Dia Internacional dos Trabalhadores. O parlamentar comunista justificou a mudança, por acreditar na enorme diferença na interpretação e na caracterização da data, como dia simbólico na luta dos trabalhadores e não no seu “adestramento.
 
“O verdadeiro significado da data é homenagear os trabalhadores, verdadeiros artífices do progresso econômico das nações, e sua constante luta por sobrevivência e melhores condições de vida” ressalta Carrion. 
 
História
Em 1886, a cidade de Chicago, um dos principais pólos indústrias dos Estados Unidos, foi palco de importantes manifestações operárias. A ebulição atingiu seu auge no dia 1º de maio, quando iniciou-se uma greve por melhores salários e condições de trabalho, tendo como principal reivindicação a redução da jornada de trabalho de 13 para 8 horas diárias.
 
Os jornais a serviço das classes dominantes imediatamente se manifestaram afirmando que os líderes operários eram cafajestes, preguiçosos e canalhas. No dia 3 de maio a greve ainda continuava e na frente de uma das fábricas foram mortos pela polícia seis operários, em ação repressiva que deixou ainda 50 feridos e centenas de presos. No dia 4, durante manifestação de protesto, os grevistas foram atacados por 180 policiais, que ocasionaram a morte de centenas de pessoas.
 
Foi decretado “Estado de Sítio” e a proibição de sair às ruas. Milhares de trabalhadores foram presos, muitas sedes de sindicatos incendiadas e residências de operários foram invadidas e saqueadas. Os principais líderes do movimento grevista foram condenados à morte na forca. Spies, Parsons, Engel e Fisher foram executados no dia 11 de novembro de 1886, enquanto que Lingg, também condenado, suicidou-se.
 
Em 1891, no 2º Congresso da Segunda Internacional, realizado em Bruxelas, em homenagens aos operários que tombaram naquele movimento histórico, foi aprovada resolução que estabeleceu o 1º de maio, como um “dia de festa dos trabalhadores de todos os países, durante o qual os trabalhadores devem manifestar os objetivos comuns de suas reivindicações, bem como sua solidariedade”.
 
Brasil
No Brasil, as comemorações do 1º de maio também sempre estiveram relacionadas à luta por melhores salários e pela redução da jornada. A primeira manifestação registrada ocorreu em Santos, em 1895. A data foi consolidada por meio de um decreto presidencial, que estabeleceu o 1º de maio como feriado nacional, em 1925. A data ganhou status de "dia oficial", quando Getúlio Vargas era Presidente da República. Ele aproveitou o dia para anunciar, em anos diferentes – fruto de intensas lutas dos trabalhadores – os reajustes de salários mínimos, a redução da jornada e, em 1º de maio de 1942, sua obra maior, o Decreto-Lei nº 5.452 que aprovou a Consolidação das Leis do Trabalho.
 
As comemorações e o feriado do dia 1º de maio acabaram por consolidar-se no mundo inteiro. “Contudo as elites jamais aceitaram pacificamente este fato. Não podendo impedir o simbolismo do evento, passaram a tentar desvirtuá-lo. Assim, desde o início do século os meios de comunicação praticam constante bombardeamento ideológico, na tentativa de descaracterizar a data, mencionando o dia 1º de maio como dia do trabalho ao invés de dia internacional dos trabalhadores, o que faz enorme diferença na interpretação e na caracterização da data, instituída como dia simbólico da luta dos trabalhadores e não de seu “adestramento”, como quer a classe patronal”, afirma Carrion.