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Deputado Raul Carrion - PCdoB-RS

08/02/2010
Lula inaugura Ceitec no Estado

O presidente Lula e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, participaram nesta sexta-feira (5) da cerimônia de inauguração do Ceitec, a primeira fábrica de chips da América Latina. Carrion acompanhou agenda do Presidente Lula no RS.

 

Lula e Dilma em ato na Região Metropolitana

O ato encerrou dois anos de intensa luta para que o Governo do Estado disponibilizasse uma linha redundante de energia elétrica para o complexo. O governo federal investirá até o final do ano R$ 400 milhões no Ceitec. A obra demorou quase dez anos para ser finalizada. Durante a cerimônia, Lula afirmou que a criação do Ceitec como uma empresa pública com fins lucrativos é estratégica e faz parte dos planos do governo de fortalecer o Estado para que possa fazer cada vez mais investimentos em obras sociais. O deputado Raul Carrion acompanhou a cerimônia e comemorou a vitória.

A instalação, em Porto Alegre, do Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada (CEITEC), primeira fábrica de circuitos integrados na América Latina, já em fase final de implantação, necessita que a CEEE instale – conforme compromisso assumido pelo Governo do Estado –, uma "rede elétrica redundante" (repetida). A obra evita que uma eventual queda de energia cause a contaminação irreversível de suas "salas limpas", de elevadíssimo grau de pureza, onde são fabricadas as minúsculas estruturas que compõem os circuitos integrados. Para viabilizar a construção dessa rede elétrica complementar – que já deveria estar concluída –, Carrion apresentou uma emenda ao Orçamento 2009, destinando R$ 1 milhão para esse fim.

Criado durante o Governo Olívio Dutra, o CEITEC é um empreendimento em parceria com a Motorola, Governo Federal, Prefeitura, universidades e empresariado gaúcho, tendo, segundo Carrion, "uma importância estratégica para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul e do Brasil".

Carrion acompanhou agenda de presidente

Em audiência pública realizada em dezembro do ano passado, solicitada e presidida por Carrion, a Secretaria de Infra-Estrutura e Logística, a CEEE e a Secretaria da Fazenda assumiram o compromisso diante do presidente do Ceitec, Edward Weichselbaumer, e da representante da Câmara Municipal, a então vereadora Maristela Maffei (PCdoB), de construir as duas linhas exclusivas de fornecimento de energia ao Ceitec.Desde 2007, inúmeras audiências públicas pedidas por Carrion, além de emendas ao Plano Plurianual, à LDO e ao Orçamento, visaram garantir os recursos para a concretização do Ceitec.

Lula disse que o Ceitec é um “divisor” na história da inovação tecnológica do país e que, por meio da fábrica, o Brasil mostra ao mundo sua capacidade de competir internacionalmente no setor. “A coisa mais extraordinária é que, em 60 dias, nós conseguimos trazer de volta para o Brasil praticamente 100 engenheiros para trabalhar nessa fábrica – pessoas que são altamente qualificadas e que estavam, por falta de oportunidades, trabalhando no exterior”, disse. “É isso que vai dar ao Brasil a dimensão de uma grande nação. O Ceitec é apenas o começo de uma caminhada do Brasil para um futuro muito promissor”, completou.

Obras em São Leopoldo

Lula, Dilma e o ministro das Cidades, Marcio Fortes, também inauguraram obras de habitação e saneamento em São Leopoldo. Foram entregues simbolicamente 605 casas e inaugurado o sitema de esgotamento sanitário nos bairros Feitoria e Campestre, no qual  foi investido R$ 7,9 milhões. Cerca de 50 mil habitantes serão beneficiados. Com a obra, o município terá 50% de seu esgoto tratado, um dos maiores índices do Brasil. O presidente e os ministros também sobrevoaram as obras, incluindo a expansão da Linha 1 do Trensurb, de São Leopoldo a Novo Hamburgo. Serão 9,3 quilômetros de trilhos e quatro novas estações.

A obra
custará um total de R$ 720 milhões e está com 33% de sua execução concluída. "É uma satisfação ver um trabalho intenso ter resultados positivos e com obras adiantadas", disse Carrion, que integra a Comissão de Assuntos Municipais da Assembleia e participou das negociações para agilizar o processo que paralisava as obras em Brasília.

O fim do imbróglio só foi possível depois de uma audiência, em Brasília, que reuniu uma verdadeira força-tarefa pluripartidária com senadores, deputados da bancada gaúcha, deputados estaduais, prefeitos e lideranças comunitárias e sindicais da região em 2007.