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Deputado Raul Carrion - PCdoB-RS

31/03/2009
Carrion lembra 45 anos de Golpe Militar em ato na ALERS
O deputado Raul Carrion, líder do PCdoB na Assembleia Legislativa, participou do Grande Expediente que fez um resgate histórico dos 45 anos do Golpe Militar.
 

Carrion pediu abertura de arquivos da ditadura

O 31 de março de 1964 ficou marcado por um movimento que derrubou o presidente João Goulart, legalmente constituído, e instalou no Brasil um regime autoritário que suprimiu direitos constitucionais, censurou, perseguiu, torturou e matou.

“Relembrar essa data não tem nenhuma intenção revanchista, mas fazer com que não se perca a memória dos chamados anos de chumbo, para que nunca mais se repitam”, afirmou Carrion durante o Grande Expediente.

O deputado lembrou que o movimento militar de 1º de abril de 64 nunca foi revolução e sim um golpe militar contrarrevolucionário de inspiração norte-americana que tentou bloquear as lutas que avançavam no nosso Brasil pela reforma agrária, pela soberania nacional, pelas bandeiras nacionalistas, pela ampliação da democracia principalmente para o povo trabalhador.

“Causou terríveis prejuízos à democracia no País, com milhares de presos, de torturados, de processados, de demitidos, com centenas de mortos. Causou a desarticulação do movimento social brasileiro. Quero lembrar que no dia 1º de abril, a sede da União Nacional dos Estudantes, na Praia do Flamengo, foi incendiada. Os sindicatos, as federações, as centrais, os movimentos sociais em geral foram violentamente reprimidos.”

E prosseguiu: “O PC do B, que é o partido que mais sangue derramou no enfrentamento dessa ditadura, até hoje luta pela abertura dos arquivos da ditadura e pela devolução dos corpos insepultos dos guerrilheiros do Araguaia.”